Depressa! Resgate Donkey Kong das garras do Cap. K. Roll k
Nos últimos anos os jogos de plataforma em 2D, anteriormente no
ostracismo, voltaram à moda. O muito criticado (mas nem por isso ruim) New
Super Mario Bros para DS foi o precursor de toda uma nova geração de jogos
deste gênero, que chegou novamente ao seu auge com os excelentes Rayman Legends
e mais recentemente com Donkey Kong Country: Tropical Freeze.
Porem, os jogos de plataforma em 2D tiveram outro auge e esse foi na
época do saudoso SNES. Grandes clássicos surgiram dessa época, e muitos ainda
hoje não foram superados em qualidade. Podemos citar alguns como Super Mario
World, Super Metroid (mesmo esse sendo um titulo de exploração ainda é
plataforma), Yoshi Island e, não menos importante, a trilogia de Donkey Kong
Country que é de onde vem o grande jogo que vamos relembrar hoje. Então venham
comigo nessa incrível jornada para resgatar nosso amado Gorila de Gravata em
Donkey Kong Country 2: Diddy's Kong quest.
Não tem como não gostar de um jogo que os
personagens principais curtem Game Boys
Um gigante a superar
O primeiro Donkey Kong Country foi o fator definitivo que trouxe a
vitoria para a Nintendo sobre a Sega na guerra dos consoles no começo dos anos
90. Com seus gráficos pré-modelados em 3D ( algo que nunca havia sido visto em
um console doméstico até então) e uma campanha de Marketing intensa, Donkey
Kong vendeu 9 milhões de cópias tornando-o o segundo jogo mais vendido para o
SNES (o primeiro eu não preciso nem comentar né?).
Com um sucesso tão estrondoso assim, não é exagero falar que a missão de
DKC2 era quase um trabalho de Hércules. Muitas outras franquias em suas
continuações não foram felizes, porem, nesse caso o resultado não poderia ter
sido mais oposto.
As incríveis fases do Vulcão!
O que nos foi entregue em 5 de dezembro de 1995, não foi apenas uma
continuação. DCK2 pega tudo o que o primeiro tinha de melhor e aprimora a
níveis incríveis, desde os gráficos (ou você não se surpreendeu quando entrou
no mapa do mundo 2 pela primeira vez? O vulcão realmente parece estar vivo!)
até a jogabilidade, coisa difícil de se alterar em um gênero de plataforma 2D.
Não resgate a princesa! Vá atrás do macaco!
O enredo é simples, após derrotar King K Roll, Donkey e Diddy
voltam para casa com sua reserva de bananas em mãos. Tudo ia muito bem até que
K Roll retorna, agora como Capitan K Roll, e sequestra Donkey, exigindo que sua
família entregue sua reserva de banana em troca da liberdade do símio. Agora
cabe a Diddy e sua namora Dixie resgatar o gorilão das mãos do terrível
capitão.
A aventura se passa em mundos temáticos que vão desde um navio do
capitão, passando por um vulcão, um pântano e um misto de colméia de abelhas
com parque diversão, até um bosque mal assombrado e uma fortaleza bem protegida.
Os gráficos em 3d do primeiro DKC foram aprimorados aqui, deixando as animações
mais suaves e os cenários bem mais vivos, com direito à alguns efeitos de luz
(claro, não os efeitos que vemos hoje), principalmente naquela irritante
fase do peixe com antena de lanterna.
Esse não tem lanterna, mas também é muito
irritante!
O som é sensacional, os efeitos sonoros principalmente dos inimigos
quando morrem são marcantes e dificilmente saem da cabeça. Mas, o que se
destaca neste jogo, que ainda não foi superado até hoje, é a trilha sonora. É
incrível ver o que David Wise pôde fazer com recursos limitados, como eram as
capacidades de áudio do SNES.
Dentro da trilha sonora temos diversos estilos diferentes, passando de
uma clássica musica de marujos, até um puro jazz de New Orleans. Musicas
que dificilmente vão desgrudar de seus ouvidos, que se adéquam ao tom de cada
fase, e que as vezes, devido a sua imensa qualidade, transcendem a realidade do
jogo combinando e ao mesmo tempo contrastando com o que está estabelecido na
tela. Complicado não é? Então repare bem na musica Stickerbrush Symphony na
fase Bramble Blast do terceiro mundo e aí vocês vão entender o eu estou
falando.
Não se fazem mais jogos assim
Mesmo com muitos jogos bons desse gênero lançados ultimamente (alguns
excelentes, diga-se de passagem), existe um brilho nos jogos da geração 8
e 16bits que não consegue ser batido. Não sei vocês, mas ainda hoje me divirto
muito mais jogando os primeiros DK do que jogando qualquer um dos Return’s.
Sinais dos tempos talvez, mas no fundo acho que só estou ficando velho.
Se tiver a chance de tocar nesse incrível jogo não perca a oportunidade,
você irá usufruir, na opinião desse humilde redator, do melhor DK de todos os
tempos. E vocês o que acham? Deixem os seus comentários
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